terça-feira, 27 de setembro de 2011

DIA DO RADIALISTA É LEMBRADO COM ORGULHO E AO MESMO TEMPO COM MUITA FRUSTRAÇÃO POR GRANDE PARTE DA CATEGORIA


            No último dia 21 de setembro, foi comemorado em todo o Brasil e especialmente aqui no Estado do Piauí o dia do radialista, uma data que apesar de homenagiar uma das classes mais importantes da sociedade brasileira, de certa forma não deixa de ser também um dia pra ser lembrado com bastante frustração por uma grande parcela desses profissionais que fazem ou já fizeram à alegria de uma grande massa de ouvintes e se tornaram porta vozes de uma comunidade ou até mesmo de uma imensa legião de ouvintes espalhados por ai a fora. Mas infelizmente essa classe de profissionais da comunicação falada não vem tendo o devido valor que realmente merece, principalmente os comunicadores das famosas e polêmicas rádios comunitárias, que o diga aqui em nosso bom e velho Estado do Piauí, que nos últimos 03 anos essas emissoras que em boa parte prestam um serviço social de alta relevância nas suas cidades ou comunidades, se tornaram o alvo principal da ANATEL(Agência Nacional de Telecomunicações). É bem verdade que a maioria dessas emissoras de rádios que se dizem comunitárias, de fato pertence à alguma liderança política da região que usam esses veículos de comunicação para se favorecerem politicamente, mas é quem realmente têm condições de instalar uma rádio e mantê-la no ar, uma vez que elas terão custo altíssimo que vai desde de equipamentos até a energia elétrica usada no dia a dia e a manutenção dos equipamentos, quanto ao pagamento dos locutores isso é o de menos, pois todos são sabedores que esses nobres radialistas trabalham praticamente de forma voluntária e sem remuneração alguma, a não ser mesmo pelo gosto de comunicar para a comunidade ou então algum patrocínio que aparecem de vez em quando para divulgar na mesma, ou seja, os locutores de rádios comunitárias na verdade são quase uns escravos da sua própria vontade de fazer comunicação, talvez alguém  possa descordar dessa afirmação, mas essa é a realidade crua desses amigos profissionais que muitas vezes deixam até de ganhar algo bem melhor em um outro setor para se dedicar exclusivamente aos microfones   das poucas rádios que ainda existem por ai, porque são poucas, aquelas ainda que estão operando na clandestinidade, aqui na micro região de Campo Maior daria até para se contar nos dedos e no resto do estado também não é diferente. Só se ouve falar em fechamento de rádios e apreensão de aparelhos, devido ao fato de serem consideradas piratas e ainda não existe uma legislação específica no país voltada para a legalização dessas emissoras, a lei existe na constituição, mas sabemos que a burocracia é muito grande, mesmo que uma associação comunitária bem organizada entre com um pedido de legalização no Ministério das Comunicações em Brasília para conseguir um alvará de funcionamento de uma rádio comunitária para uma determinada comunidade, até sair esse alvará levará muito tempo e ai é onde entra essa questão da ilegalidade desses pequenos veículos de comunicação que ainda operam nos bairros e comunidades. Enfim, "sou um grande admirador dessas emissoras, pois já trabalhei durante 09 anos e 03 meses numa emissora como esta que prestava um grande serviço para a comunidade, e foi uma grande experiência de vida, porque pude conviver com vários tipos de pessoas, mas o que mais me marcou durante esse tempo todo em que trabalhei no rádio foram as campanhas solidárias que a gente fazia, a divulgação dos eventos beneficentes, os eventos que a emissora realizava e o contato direto com os ouvintes que sempre tiveram um carinho especial pela gente, as boas amizades e são coisas assim que dinheiro nenhum no mundo paga, então é isso que faz nós locutores continuar nesta luta que já vem ai desde do final dos anos 90 quando surgiram a maioria das rádios comunitárias no país, inclusive aqui no piauí, mas isso não significa dizer que eu também não sou ligado nas emissoras convencionais, pelo contrário acho elas também o máximo e estou sempre ouvido as mais variadas estações de rádios da capital e de outros estados, talvez fico mais tempo ouvindo rádio do que vendo televisão e por ai você tira as suas próprias conclusões, ressalta o radialista Tony Sobrinho, que atualmente está fora da ativa, mas esperando uma oportunidade surgir e que sabe voltar logo a comunicar"(T S).  

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