quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

MOTOQUEIROS BÊBADOS LEVAM PERIGO ÀS RUAS E ESTRADAS DO BRASIL

           A reportagem especial do fantástico da rede Globo de televisão do último domingo dia 15, mostra uma mistura explosiva, álcool e motocicleta, está tirando a vida de brasileiros. Sem preocupação com a própria segurança ou com os outros, eles bebem e pilotam motos pelas ruas e estradas do país. O problema é mais grave no Nordeste. A vida por um fio sobre duas rodas: os números comprovam. A morte chega na velocidade da imprudência, do desrespeito às leis e da falta de fiscalização. O Brasil vive um epidemia gerada por uma mistura mortal de álcool e motocicleta. Todo final de semana é assim: Moisés Mesquita se encontra com os amigos para beber umas pingas e, no caminho de casa, ainda costuma tomar a saideira.
          Fantástico pergunta: Você está em condições de dirigir?
          Moisés Mesquita: Daqui até o Rio de Janeiro. Só tomei três doses.
          Fantástico: O senhor tem habilitação?
          Moisés Mesquita: Não tenho, não. A leitura é pouca.
          Já se foi o tempo em que Moisés trabalhava como Zé Nilton, um dos poucos vaqueiros nordestinos que ainda se vê em cima de um cavalo no interior de Sergipe. Atualmente a grande maioria deles não quer nem saber do animal."Nós tínhamos uma média de oito cavalos. Agora, só temos dois", contou o vaqueiro Antonio Marcos Lima. De acordo a reportagem as concessionárias de motos nunca venderam tanto como nos últimos dez anos. Em 2001, a frota brasileira era de pouco mais de 4,6 milhões de motos. Hoje, passa de 18 milhões, quatro vezes mais. O Nordeste é o maior mercado consumidor. No passado, comprou 35% das motos vendidas no país. Três estados lideram o ranking de mortes envolvendo motocicletas. No Rio Grande do Norte correspondem a 42% das vítimas. Em Sergipe, 44%. Mas é no Piauí que os números denunciam a tragédia: os motociclistas representam quase a metade das pessoas que morem no trânsito."Em grande parte, quase 90% dos acidentes com moto que chegam ao hospital, o álcool está envolvido. Não há dúvida", afirmou o neurocirurgião Daniel França. É no fim de semana, entre a noite de sexta-feira e a madrugada de segunda-feira, que os acidentes se multiplicam no Piauí. Na região Norte de Teresina, em uma rua que concentra muitos bares na calçada, tem moto também. Muitos nem disfarçam: em cima da mesa, estão as garrafas, copos cheios e capacetes. "Minha moto está na frente", disse o estoquista Cristiano Pinheiro. Outro motoqueiro revela que já tomou 12 copos de cerveja. Em um dos bares, a equipe conheceu Vicente. Alegre e conversador, ele sentou à mesa quase embriagado. Vicente nem sabia mais contar as horas, mas sabia quantas cervejas tinha tomado."Seis cervejas não me embebedam", disse ele, mostrando a chave da moto. Em Teresina, as barreiras da Lei Seca não assustam mais ninguém. Basta circular nos bares da boemia da cidade para comprovar. À 1h30 da madrugada, em uma área movimentada da noite de Teresina, só em pedaço da rua que havia mais de 300 motos estacionadas. Os donos estavam em uma festa. No Piauí, em média três pessoas morrem por dia vítimas de acidente de motos,e a cada dez motos que rodam no estado estão irregulares. Estes dados são do próprio Detran do Piaui, que tem apenas 25 fiscais para cobrir 224 municípios, incluindo a capital. Há quatro meses a fiscalização foi suspensa. Um dos motivos é que o pátio que guarda os veículos apreendidos não tem mais espaços para receber motos irregulares. Mas, no interior, a fiscalização esbarra em outro obstáculo. O diretor geral do Detran do Piauí, José Antonio Vasconcelos, afirma que os fiscais encontram resistência da população e de políticos locais. "Os políticos não impedem a fiscalização, porque o estado pode mais. Mas eles não querem e criam obstáculos. Prefeitos vai para blitz e cria problema", afirmou. Durante uma operação da polícia Rodoviária no município de Campo Maior, 40 motos foram recolhidas em apenas duas horas. Foi difícil encontrar alguém que estivesse em dia com as leis de trânsito. Um motociclista que não tinha habilitação, estava transportando um passageiro sem capacete, e a moto dele não estava emplacada. O Ministério da Saúde reconhece que o Brasil vive uma epidemia de mortes no trânsito. "Uma parte importante do óbitos por moto, quase 80%, é de pessoas entre 15 e 39 anos", afirmou o ministro da saúde, Alexandre Padilha. São jovens mostrados na reportagem como José Maria, Jerônimo, Francisco e Vicente Por sinal, Vicente voltou para casa guiando a moto, depois de seis horas de bebedeira. Chegar ele chegou. Mas sofreu um acidente. É importante ressaltar que a reportagem do fantástico esteve também  na zona rural em Mossoró no Rio Grande do Norte, cidade que tem a maior frota de motos do país e em outras localidades próximo a Teresina no Piauí.




                               FONTE: FANTÁSTICO.GLOBO.COM/JORNALISMO 
               
         

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